quarta-feira, 6 de abril de 2011

Membros da UNPO discursam contra projeto brasileiro de hidrelétrica


Complexo de Belo Monte no Xingu
Os membros da UNPO estão entre um grupo de 140 organizações, para assinar uma carta condenando a proposta de um projeto de hidrelétrica na Floresta Tropical brasileira.
Abaixo, está um artigo publicado pelo "Huntington News":

Grupos internacionais se expressaram em uma carta conjunta, sua ofensa e oposição contra o plano do Brasil de construir Monte Belo, um enorme projeto de hidrelética.
Monte Belo seria a terceira maior barragem do mundo, e o maior projeto de desenvolvimento na Amazônia, que devastaria uma área extensa da floresta tropical brasileira, ameaçando a sobrevivência de indígenas e violando seus direitos.
Se construída, Belo Monte inundará 500km² de terra e desviará a maior parte do fluxo do Rio Xingu, através de canais artificiais.


A carta foi assinada por 140 organizações e entregue ao presidente Lula em março de 2010.
"O objetivo dessa carta é denunciar publicamente a conduta imprudente e imoral do governo brasileiro, ao ter aprovado o projeto de barragem hidrelétrica de Monte Belo. Essa carta demonstra um movimento emergente de uma coligação ampla de organizações internacionais de direitos humanos, de grupos indígenas e de grupos ambientais que se opõem firmemente a esse projeto." Disse Tom Goldtooth, diretor da "Rede Ambiental Indígena"( Indigenous Environmental Network).
Planos para construir barragens hidrelétricas no rio Xingu existem desde os anos 1970, mas falhou repetidas vezes em sua concretização, parcialmente devido à pressão feroz de grupos ambientais, indígenas e comunidades locais da bacia do Xingu, que lutaram contra Belo Monte por mais de 20 anos, da mesma forma que eles continuam se opondo agora.
"Nós queremos ter certeza de que Belo Monte não destrua os ecossistemas e nem a biodiversidade que nós cuidamos há milênios", disse Megaron Tuxucumarrae, líder da tribo Caiapó. "Nós somos contra a construção de barragens no Xingu e nós iremos proteger o nosso rio."
Na carta, os grupos reclamam que durante o processo da aprovação de Belo Monte, os direitos da população foram reprimidos em de modo autoritário, não-democrático e ditatorial pelo governo do Lula. O Brasil intenciona enfiar Belo Monte goela abaixo dos indígenas e das comunidades ribeirinhas diretamente afetadas, sem o seu consentimento e sem consultá-los adequadamente.
Muitos estudiosos brasileiros manifestaram suas preocupações sobre o projeto. Dois altos funcionários do IBAMA, Leozildo Tabajara da Silva Benjamin e Sebastião Custódio Pires, renunciaram a seus cargos no ano passado, citando o alto nível de pressão política para aprovar o projeto.
"A barragem de Belo 'Monstro' é o crime mais revoltante contra a humanidade, o meio ambiente e o clima, a ser concretizado por essa insanidade desenvolvimentista e merece a mais forte campanha internacional e apoio e vizibilidade de conseguirmos mibilizar, especialmente porque ela é o ponto inicial da consolidação de uma estratégia territorial maior para integrar toda a Amazônia em uma pilhagem sistemática de destruição", disse Camila Moreno, especialista do clima brasileiro.
O ambiente da região do Xingu já começaram a sucumbir aos avanços da destruição inescrupulosa e da aniquiliação, tornando-o inabitável e causando desertificação, como pode ser observado em algumas regiões.
"A planta hidrelétrica de Belo Monte é um projeto faraônico que terá consequências desastrozas, desastrozas e irreversíveis, tirando cerca de 30 mil pessoas de suas casas. Ela destruirá ou modificará 100Km de cascatas, cachoeiras, canais naturais e, tirando o enorme, trágico e irresponsável desastre ambiental, a população da região não terá água suficiente para suas necessidades, os indígenas e as comunidades internacionais ficarão sem água, peixes ou meios de de transporters fluviais." Disse Dom Erwin Kräutler, Bispo da Prelazia de Altamira da região do Xingu e presidente do Conselho Missionário Indigenista (CMI).
Carlos Minc, Minstro brasileiro do Meio Ambiente, disse que a empresa que construirá o projeto, será obrigada a gastar por volta de R$800 mi para compensar o dano ambiental causado pelo projeto.
"Ela não será um desastre ambiental", ele disse à televisão brasileira.
"A decisão do governo brasileiro de seguir em frente com esse projeto devastador, é particularmente cínica, considerando a grande quantidade de fundos que eles recebem atualmente de doadores, como o governo da Noruega, para a princípio 'reduzir emissões de desmatamento e degradação florestal' (REDD)", disse Simone Lovera, Diretora Executiva do grupo internacional Global Forest Coalition.
"Na conversa que tive com o presidente Lula, ele me disse que não intencionava repetir o desastre da barragem de Balbina, localizada no rio Uatumã, no estado do Amazonas, que pode ser classificada como um monumento da insanidade. Mas se o governo de Lula insiste na construção de Belo Monte, ele entrará para a história como um predador do meio ambiente, da Amazônia e como o governo que determinou a extinsão dos indígenas do Xingu. Belo Monte, ao invés de progresso, Linktrará a morte." Acrescentou Kräutler.

Fonte: Unpo
Artigo sugerido por: Jess Facinelli

Você pode ler na íntegra e em inglês a carta enviada ao ex-presidente Lula, clicando na fonte.

You can also read the article in English.

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